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O que os jurados do IOTY buscam em uma imagem? Vamos descobrir!

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Imagem do ano

O período para inscrever suas imagens de microscopia no Prêmio Imagem do ano (Image of the Year, IOTY) da Evident de 2022 termina em algumas semanas. Você encontrará mais informações sobre o prazo e o concurso na página de inscrição do IOTY 2022.

Publicamos anualmente o perfil dos vencedores (1 vencedor global e 3 vencedores regionais), mas este ano achamos que chegou a hora de apresentarmos nossos incríveis jurados. Nosso concurso IOTY depende da participação de nossos estimados e versados jurados de todo o mundo. Além da grande admiração, somos gratos pela disposição e entusiasmo deles. Quais as motivações deles para colaborar com tempo e expertise em nosso concurso?

Entrevistamos esses cinco jurados, anteriores e atuais, para descobrir a origem do amor deles pela área de formação de imagem de microscopia. Também nos aprofundamos sobre os elementos que compõem uma microfotografia vencedora. Continue lendo e conheça algumas dicas valiosas.

Conheça cinco jurados do prêmio IOTY da EVIDENT

Sian Culley
Geoff Williams
Rachid Rezgui
Dr.ª Harini Sreenivasappa
Stefan Terjung
Siân Culley, Pesquisadora da Royal Society University, King’s College London, Reino Unido
Geoff Williams, gerente da Leduc Bioimaging Facility na Brown University, Providence, Rhode Island, EUA
Rachid Rezgui, cientista de instrumentação de pesquisa de microscopia, New York University Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos.
Dr.ª Harini Sreenivasappa, diretora do Centro de Imagem Celular da Drexel University, Filadélfia, PA, EUA
Stefan Terjung, gerente operacional do ALMF na EMBL Heidelberg, Alemanha
Acabo de começar em meu primeiro cargo de pesquisa independente como pesquisador da Royal Society University no King’s College London. Trabalho com análise de imagem para microscopia de fluorescência e super resolução. Tenho interesse especial pelos elementos envolvidos em uma “boa” imagem de microscopia e em como é possível usá-los para extrair informações quantitativas sobre estruturas e processos na biologia celular .
Sou responsável pelo treinamento, suporte, manutenção e operações diárias da Leduc Bioimaging Facility, com equipamentos que vão desde campo amplo básico e escâner de lâminas a microscopia eletrônica confocal e de transmissão e equipamento de apoio, além de MEV com formação de imagem seriada e reconstrução volumétrica. Damos apoio a usuários de toda a universidade, escola de medicina e outros departamentos. Veja as imagens de Geoff no Instagram.
Sou responsável pela supervisão da unidade de microscopia de luz na NYU Abu Dhabi. Fazemos microscopia confocal, de campo amplo, multifotônica e de super resolução.
Trabalho como diretora de operações básicas no Cell Imagem Center (CIC) da Drexel University, uma unidade básica de microscopia de luz compartilhada por toda a universidade. Supervisiono as operações cotidianas da unidade e ofereço expertise e formação avançada em microscopia quantitativa de luz para o corpo docente e alunos da Drexel, assim como a professores de outras instituições acadêmicas e usuários externos da indústria.
Sou o gerente operacional da Advanced Light Microscopy Facility no European Molecular Biology Laboratory em Heidelberg, Alemanha.

P: Onde e quando você aprendeu a usar um microscópio?

Stefan: Quando ainda era adolescente, eu já era interessado em microscopia de luz e meu desejo de ter um microscópio foi realizado na forma de um presente de Natal. Naquela época, meu aprendizado ficou restrito à autoformação.

Sian: Aprendi a usar a microscopia como parte de um estágio de verão na Sociedade de Fisiologia durante meu bacharelado na UCL. Trabalhei no laboratório de Jonathan Ashmore investigando a sinalização do cálcio em células ciliadas internas da cóclea.

Geoff: Ainda criança, ganhei um pequeno kit de microscópio plástico composto da Edmund Scientific e gostava muito de observar amostras de água do lago. Somente na faculdade que comecei a usar microscópios mais complicados. O primeiro sistema de pesquisa foi um sistema vertical de fluorescência Olympus com uma câmera de filmagem. Esse sistema e a antiga combinação de MEV/MET foram minha primeira exposição a um nível superior de formação de imagem e combinar isso com meu ciclo básico de formação pareceu natural. A partir daí, tudo girou em torno de microscópios desde a pós-graduação.

Rachid: durante minha tese de mestrado na Laser Zentrum Hannover na Alemanha.

Harini: Meu primeiro contato com um microscópio aconteceu durante uma aula de biologia na qual usamos um microscópio composto para observar um corte transversal do caule e da raiz de uma planta. Aprendi a usar um microscópio durante o programa de doutorado em engenharia biomédica na Texas A University sob a orientação da Dr.ª Andreea Trache.

P: Quando você começou a usar a formação de imagem microscópica como parte de sua carreira?

Stefan: O foco na microscopia surgiu em decorrência do curso de métodos práticos em microscopia organizado pelo Professor Schnepf e colegas, que cursei como aluno de biologia enquanto estudava na Universidade de Heidelberg.

Harini: Sempre fui apaixonada pela aplicação de métodos de engenharia para melhorar a compreensão sobre os mecanismos da progressão de doenças. Meu interesse se voltou para uma carreira em microscopia nos últimos anos da minha pós-graduação. A combinação de treinamento interdisciplinar em biologia celular, engenharia elétrica e biomédica, juntamente com a proficiência em microscopia e uma paixão pelo ensino, me levaram naturalmente a uma carreira no gerenciamento da unidade básica de microscopia.

Sian: Venho usando a microscopia em várias formas durante toda a minha carreira. Em meu primeiro projeto de microscopia, mantive o foco no uso dessa ferramenta para estudar um processo biológico. Por outro lado, durante meu doutorado, busquei mais desenvolver novas técnicas de microscopia sob uma perspectiva de física óptica e espectroscopia. Durante meu pós-doutorado, e agora em meu próprio grupo, uso análise computacional para processar e extrair informações de minhas imagens de microscopia. Resumindo, tenho interesse em qualquer coisa que envolva microscopia!

Geoff: Quando decidi fazer pesquisas na área de desenvolvimento vegetal, a microscopia foi uma parte muito natural do caminho profissional. Porém, a pós-graduação me fez perceber que eu podia ver tudo e colocar os microscópios no centro das atenções, seja entendendo como trabalhar com eles, como consertá-los e ensinando pessoas a usá-los.

Imagem vencedora do Prêmio de Imagem do ano da Evident na área de microscopia de luz para o concurso de 2021 na Europa, Oriente Médio e África

Imagem de esporos multinucleados de um fungo de solo capturada por Vasilis Kokkoris. As células normalmente têm um núcleo. Por outro lado, como visto aqui, uma célula de fungo de micorriza arbuscular (AM) tem centenas de núcleos. Essa imagem foi a vencedora de 2021 para a região EMEA.

P: O que você acha mais fascinante na microscopia?

Sian: Há tanta técnicas incrivelmente poderosas na biologia celular que podem transmitir todos os tipos de informação, da sequência de um gene ao status de fosforilação de uma proteína. Porém, com a microscopia, é possível ver instantaneamente o que está acontecendo dentro da sua amostra. Você também pode ver coisas que nenhuma outra pessoa viu antes.

Geoff: Ela desvenda para todos um mundo completamente novo e que não podemos ver ou apreciar sem ela. A descoberta de padrões macroscópicos ou relações é uma das melhores partes. A visualização da repetição de padrões e ver as pessoas reagindo e abordando cada imagem em um nível inconsciente. O melhor envolvimento com a ciência costuma ser visual e o microscópio é um componente crítico disso.

Rachid: O resultado é uma imagem, ou seja, algo muito próximo da arte.

Harini: Os humanos são criaturas visuais e “ver é acreditar”. Meu fascínio com a microscopia tem duas partes: trata-se de uma ferramenta versátil para pesquisa quantitativa e um meio de disseminar amplamente pesquisas com base em formação de imagem para um público leigo. Os microscópios têm sido ferramentas indispensáveis de pesquisa que ajudaram a sondar, capturar e entender muitos conceitos das ciências da vida. Além disso, as microfotografias representam meios efetivos e envolventes de levar a ciência a públicos leigos e à comunidade científica. A narrativa visual transcende as barreiras da linguagem, formação, expertise e idade, tornando a ciência acessível e compreensível para todos.

Q: O que você gosta na avaliação das inscrições para o concurso Imagem do ano?

Stefan: A diversidade e a beleza nos espécimes capturados nas imagens.

Rachid: Além disso, o espectro das aplicações.

Esporângio de soros de samambaia capturado com um microscópio de luz e pilha Z

Cápsulas coloridas e intactas de esporo de soros (esporângio) de samambaia sobrepostas com uma implodida expelindo esporos. Essa é a Imagem vencedora do IOTY 2021 na Ásia, capturada por Danial Han usando pilha Z.

Geoff: Adoro ver as perspectivas exclusivas que as pessoas têm ao escolher uma imagem para concorrer. Sempre há algo incrível e inesperado. Tudo isso me deixa motivado e inspirado em meu próprio trabalho.

Sian: Muitas das imagens que vejo durante minha pesquisa são semelhantes, pois costumo usar apenas microscopia de fluorescência. No concurso Imagem do ano, gosto de ver diferentes tipos de imagens de microscopia e fico fascinada com a grande variedade de técnicas de microscopia e amostras de imagem!

Harini: É uma honra e tanto avaliar as inscrições de todo o mundo. A melhor parte de avaliar as inscrições é que você pode ver microfotografias belíssimas dos mais diversos espécimes e amostras. É um verdadeiro deleite visual!

Imagem microscópica de pilha Z deconvoluída de células de protonema do musgo Physcomitrium patens

Uma projeção máxima da pilha Z deconvoluída de células de protonema do musgo Physcomitrium patens. As paredes celulares (em azul claro) foram tingidas com branco de calcoflúor, enquanto a autofluorescência dos cloroplastos é baseada em uma LUT de outono. Imagem capturada por Ivan Radin, vencedor do IOTY 2021 nas Américas.

P: Quais qualidades você busca durante a avaliação das imagens?

Geoff: Composição e conteúdo. Espero ver imagens com declarações claras e definidas, sem distrações de recortes ou resíduos ou acidentes. Ela não precisa ter a técnica ou coloração mais complicada, mas realmente precisa ter cores escolhidas de modo inteligente e que sejam esteticamente agradáveis com uma composição complementar. Quanto mais píxeis, melhor.

Sian: Busco por amostras que nunca tenha visto antes. No ano passado, tive a oportunidade de pela primeira vez músculos de ouriço-do-mar, musgo e cristais de Viagra capturados com microscópios. Houve até mesmo uma amostra cuja imagem foi capturada sobre a capa de um CD do Pink Floyd, algo que só posso sonhar em fazer durante minhas atividades cotidianas de pesquisa.

Harini: Busco por equilíbrio entre boa técnica, composição impressionante, além de narrativa e relevância científica. Trata-se de um equilíbrio entre ciência e arte. Espero ver algumas legendas criativas junto com as belíssimas imagens para cativar o público.

Flor de Arabidopsis thaliana com tubos de pólen crescendo através do pistilo e tecidos florais transparentes

Imagem de Jan Martinek, vencedor global do IOTY 2021, de uma flor de Arabidopsis thaliana com tubos polínicos crescendo através do pistilo. Os tubos de pólen foram tingidos com anilina azul (fluorescência amarela), enquanto os tecidos da flor passaram por esclarecimento químico para ficarem transparentes.

P: Alguma dica para os concorrentes do prêmio IOTY?

Geoff: Preste atenção no uso adequado da ferramenta. Domine a técnica, entenda como os fótons se deslocam e como coletá-los da maneira mais eficiente para representar o que aparece primeiro. Depois que tiver tudo isso, o processo pode acontecer de maneira mais automática, permitindo que você preste mais atenção no conteúdo e na composição. Por sua vez, isso eleva sua formação de imagem científica a um novo patamar e gera mais engajamento para sua ciência, sendo a melhor estratégia para vencer o concurso IOTY.

Sian: Gosto das imagens quando percebo coisas diferentes sempre que as observo. É ótimo quando a imagem tem um ponto focal impressionante que chama automaticamente a atenção dos seus olhos, mas também tem vários outros recursos interessantes para ajudar a imagem a contar uma história. Pessoalmente, sou fã de imagens coloridas!

P: Algum comentário final?

Harini: Eu gostaria de parabenizar os organizadores e os participantes pelo sucesso do concurso Imagem do ano de 2021. Espero que essas imagens proporcionem visibilidade e ajudem a engajar e entreter o grande público sobre as maravilhas e a importância da ciência de formação de imagem aplicada à área de ciências da vida em diversas escalas: formação de imagem molecular, celular e de tecidos.

Inscreva até 3 de suas imagens de microscopia no IOTY 2022

Caso esteja pensando em participar do concurso IOTY 2022, você tem até 27 de fevereiro às 22h EST (28 de fevereiro às 0h JST) 2023. Carregue três de suas mais cativantes imagens de microscopia de luz para aumentar as chances de cativar os olhos e as imaginações dos jurados. O concurso aceita inscrições das áreas de ciências da vida e dos materiais.

Se precisar de mais motivos, acesse a página do concurso e confira os prêmios! Estamos ansiosos para ver as inscrições deste ano e desejamos o melhor para vocês.

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Staff Writer

Sarah Williams worked for nearly a decade as a researcher and copywriter in the broadcast media industry. Now Sarah applies her skills as a writer and editor to produce compelling, high-quality material on topics related to Evident’s wide range of life science solutions. She writes about the latest laser scanning, multiphoton, super-resolution, stereo, upright, and inverted microscope systems, as well as the optics, cameras, and software that support them. She also explores their applications and contributions to cytology, pathology, education, and other fields. Sarah works at the office in Quebec City, where she resides with her partner, David, and her three children, Sophie, Anouk, and Éloi. 

Fev 09 2023
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